Gonçalo Pavanello

DESIGNER GRÁFICO - ARTISTA PLÁSTICO

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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Patricia Phelps Cisneiros, dona da mais importante coleção de arte latino-americana mostra acervo em SP e conversa com a Fabio Cypriano da Folha

Patricia Phelps Cisneros conversa com Fabio Cypriano da Folha sobre arte e o surgimento da sua coleção. Considerada a mais importante coleção de Arte Latino-americana, parte dela fica em exibição até 30 de janeiro na Pinacoteca de São Paulo. Conta com cerca de 70 peças entre pinturas, esculturas, objetos e desenhos, mostra o processo de passagem, desenvolvido pelo trabalho dos artistas, do plano pictórico para o espaço, na história da arte da Venezuela e do Brasil, entre 1947 e 1987. Apresenta uma oportunidade rara para o público brasileiro de ver obras fundamentais desse período ao mesmo tempo em que oferece a possibilidade de leituras comparativas e complementares.

FABIO CYPRIANO
DE SÃO PAULO - Folha online - Ilustrada
A colecionadora venezuelana Patricia Phelps Cisneros diz que possui 5.860.000 obras de arte, mas quando lembra que a afirmação estava sendo gravada, aproxima o aparelho da boca e diz "é brincadeira". Os números de seu acervo, no entanto, considerado o melhor de arte latino-americana, não são divulgados. Em parte, números podem não ser importante, pois o que ela salienta na entrevista a seguir é a responsabilidade do colecionismo.

Figura influente em museus como o MoMA, de Nova York, e a Tate, de Londres, Cisneros apresenta agora 80 trabalhos de sua coleção na mostra "Desenhar no Espaço", em cartaz até 30 de janeiro na Pinacoteca. Quando esteve em São Paulo para a abertura da exposição, no fim de novembro, ela falou à Folha, contando a história de sua coleção e suas maiores paixões, que são, por ordem de importância: sua família, deus, flamenco, comida e o Grande Núcleo, de Hélio Oiticica. Além de ótima colecionadora, como se percebe, Cisneros tem ótimo humor. Leia a seguir a íntegra da entrevista.

Folha - O que a levou a colecionar arte? Como sua coleção teve início?
Patricia Cisneros - Não começou como uma coleção, mas como uma senhora recém-casada que queria arrumar sua residência com certa estética. E essa estética tem sido coerente com minha coleção porque, e isso revela minha idade, eu cresci na Venezuela nos anos 1950 que, junto com o Brasil, teve uma modernismo extraordinário, havia obras públicas de [Jesús Rafael] Soto em várias partes. Para onde se olhava, havia modernismo, o modernismo estava em nosso sangue.

Então começamos a colecionar Gego, Salazar, sempre com obras abstratas. Depois, meu marido começou a viajar pela América Latina, eu o acompanhava, e a coleção deixou de ser local. Ele foi meu grande mentor, me ensinou a ter uma visão mais universal e, certamente, mais latinoamericanista da arte. Assim, o que me levou a ser colecionista foi gostar de ter coisas belas ao meu redor.

Mas agora, inclusive, tenho uma missão sobre a responsabilidade do colecionismo. Isso porque uma coisa é comprar uma obra e pronto. Outra é cuidar dela, assegurar que ela tenha condições de preservação corretas. As grande corporações, que possuem coleções, em geral não gostam de mim, porque eu digo "e o ar-condicionado, vocês o apagam nos fins de semana?" Essa mudança faz a obra sofrer. E se o escritório do presidente é ensolarado, e o sol chega a um quadro maravilhoso, ele o danifica. Essas corporações sequer têm curadores. Então, quando alguém se chama colecionador, o que mais ele faz além de comprar.
Eu já fui assim, comprava e achava tudo bonito, mas não sabia nada, eu tinha 20 anos. Até que um dia, me ligaram de uma revista europeia para saber sobre minha coleção e, palavra de honra, até então não tinha me dado conta que eu tinha uma coleção.

Quando foi isso?
Ah, faz tempo, em meados dos anos 80. Eu até catalogava as obras, mas não tinha consciência de ter uma coleção. Depois dessa ligação, ao prazer de colecionar se juntou a responsabilidade. Desde esse momento temos tido, sobretudo, o respeito ao artista, disso se trata. Então, temos conservadores, curadores, restauradores, tudo que se necessita para que uma obra esteja bem conservada. E educadores, que é a missão fundamental da Fundação.

A Fundação foi criada há exatos 40 anos?
Sim, começamos naquele momento e sempre tivemos uma dupla missão, dentro da América do Sul, onde sempre se focou nos aspectos educativos dos programas que temos, porque temos muitos. A coleção é uma pequena parte divertida. Mais que divertida, porque sempre pensamos na educação como a única forma, eu creio, de superar a pobreza. E a liberdade, não de expressão, que também é importante, mas eu gosto de enfatizar a liberdade de pensamento. E não quero generalizar, mas há muitas escolas na América Latina que não tem liberdade de pensamento e os professores precisam respeitar a opinião dos alunos frente a uma obra de arte. Usando a arte como meio de expressão e de respeito à ideia dos demais se pode fazer muito e nosso grão de areia é ajudar nesse sentido.

Em quantos países a Fundação trabalha?
Desde o México até o Polo Sul, numa base militar da Argentina, onde temos um treinamento de professores. Cremos também na preservação de nosso acervo histórico, o que muitos governos não fazem. Assim, temos também uma coleção de arte da Amazônia venezuelana, há 30 anos colecionamos obras etnográficas e há dez essa coleção circula pela Europa. Os europeus respeitam muito a filosofia e a religião do índio, não as olham com superioridade. Já mostramos 60 obras de nossa coleção em um museu na Lapônia, na Finlândia, e com o trabalho educativa na Argentina, nossa ação é de polo a polo. A coleção indígena já foi vista por sete milhões de pessoas!

E porque, com tantas obras, a Fundação Cisneros não tem um espaço expositivo?
Quantos habitantes da Lapônia iriam à Venezuela ver a coleção? Certamente poucos. Então nós vamos a eles. Nunca...hum, acho que não posso dizer nunca. Às vezes entramos em alguns espaços, como esse do Instituto de Arte Contemporânea, onde há a exposição de Mira Schendel, que sim, me dá vontade. Creio que em algum momento vamos acabar tendo algum lugar, mas por enquanto gosto de trabalhar com as universidades e elas têm muitos museus. E como muitos museus na América Latina não têm muitas obras, nós as emprestamos com muito gosto. Mesmo se um museu não tem muitas condições técnicas, que dariam um ataque de coração em nosso conservador, nós emprestamos peças que não necessitam de cuidados especiais.

Mas nossa missão é educativa e, quando começamos a coleção, a arte de nosso continente não era do interesse de muitos museus, mas agora isso começa a mudar. E nós temos a reputação de sermos sérios, organizados, temos mesmo o staff de um museu, com 20 pessoas, o que é o que tem qualquer museu mediano, fora os serviços terceirizados de advocacia, contabilidade...

Agora, também tem uma questão de vaidade...

Ah, a senhora não quer um Museu Patricia Cisneros?
Isso mesmo, não quero. O mais importante é poder fazer circular 300 obras, em um só ano, por muitos museus.

A senhora falou que museus têm tido mais interesse em arte latino-americana e sua presença, tanto no Conselho do MoMA como no da Tate ajudou muito nessa percepção.

Agradeço sua deferência, mas não sou eu. No MoMA, a figura central é o Glenn Lowry. Desde o dia em que ele entrou, em 1995, deixou muito claro que ele queria romper a visão norte-americana e europeia que predominava no museu e expandir em novas direções. Então, ele deu um apoio incondicional à arte latino-americana. Ele veio ao Brasil muitas vezes, mais de oito creio.

E na Tate, Nicholas Serota também tem esse papel, certo?
Sim, Nic, também. Então, depende muito do diretor. Para mim é um grande prazer trabalhar com Lowry. E Paulo Herkenhoff, que foi meu grande mentor em arte, porque ele sabia minha estética e ele me ensinou o que se passou no Brasil, nos anos 1950 e 60. Ele foi o primeiro curador de América Latina no MoMA e abriu o caminho. E o MoMA foi o primeiro museu a ter um curador para arte latino-americana e foi o primeiro museu no exterior a ter um Willys de Castro, o que me dá muito prazer! Depois veio Luis Perez-Oramas, que colabora muito, conhece bem o Brasil e trabalhou conosco por uns dez anos.

E qual a presença na arte brasileira em sua coleção?
Há dois anos, Gabriel [Perez-Barreiro] começou a trabalhar conosco. Ele fala português, fez a 6ª Bienal do Mercosul [2007, em Porto Alegre] e agora estamos olhando mais para a arte contemporânea. Estou aprendendo muito com o Gabriel. Eu ainda adoro vir ao Brasil, as pessoas são muito amáveis. Ontem, jantei com amigos e o Gilberto Chateaubriand veio do Rio só para nos encontrar e eu o conheço desde 1980.

O Chateaubriand sempre se lembra que a primeira obra da coleção dele, que foi um Pancetti. Qual foi a sua?
A primeira foi de um espanhol que se chamava Manuel Rivera [1928 1995], e é feita de uma tela metálica, muita abstrata, muito geométrica, e nela já se vê minha estética. Mas o primeiro trabalho que comprei mesmo foi com 13 anos, quando ganhei um dinheiro, e era um livro sobre arte etrusca, que esse foi meu primeiro contato com arte, pois em 1953 havia muito poucos livros de arte na Venezuela.

Chateaubriand também tem um modo particular de aquisição. Ele prefere comprar nos ateliês dos artistas, por exemplo. Qual é o seu?
Para mim, um dos grandes prazeres do mundo é estar no sofá velho que o Waltércio Caldas tem no estúdio dele e ficar conversando com ele. Quando viajo com meu marido pela América do Sul, sempre busco saber quais artistas posso visitar. Senão, ler e ver. Gabriel também é fundamental, se não posso ver as obras, ele mostra slides, eu confiava também em Paulo e com eles discutir se tal obra encaixa na coleção e se preço está bom (risos).

E você também compra em feiras de arte, que estão muito em moda, ou você vai a Basel, por exemplo?
Não vou, eu não gosto. Não quero criticar, há gente que gosta, mas não é meu caso.

E a senhora visita bienais?
Acabo de estar na Bienal de Pontevedra, na Espanha, que achei incrível e acho que fui a única colecionadora a estar lá. Mas isso depende muito, do meu marido, da minha família, quando eu posso, eu vou.

E as Bienais de São Paulo?
Já vi muitas, a do Paulo [Herkenhoff], claro. Mas sempre venho durante, como agora, não na abertura.

E essa, a senhora gostou?
Gostei muito de algumas peças. Aprendi muito, ela me pareceu muito interessante. Sempre é necessário ver e ver e ver, e se não gostar, é preciso continuar vendo. Mas também há muitas peças que não gostei. Mas adorei ver o bólide "Cara de Cavalo", do Gilberto [Chateaubriand] e eu disse a ele que ia roubá-lo (risos). Também gostei muito do colombiano Mateo López, ele é muito bom. Na Bienal é possível saber o que se passa no mundo.

Mas eu fiquei triste também porque havia uma obra com telas penduradas que me lembrou o "Grande Núcleo", do Oiticica, e eu chorei muito quando achei que essa, que é minha obra favorita no mundo inteiro, com seus planos amarelos, tinha se perdido. Ela é minha paixão. Para mim, há minha família, deus, flamenco, comida e depois o Grande Núcleo (risos)

Voltando à sua presença nos museus internacionais, os diretores podem ser importantes, mas a senhora compra muita obra para eles...

Sim, mas é o apoio deles que tem me dado força, assim como o de meu marido. Eu tenho orgulho de muitas coisas. Como membro do comitê diretor do MoMA, onde cheguei muito jovem, percebi que os curadores do museu eram muito preparados e inteligentes, mas não sabiam nada da América do Sul, porque as escolas norte-americanas não ensinam. O curador de arquitetura, por exemplo, só conhecia Niemeyer e mais nada. Agora em 2015 vão organizar uma mostra de dois pisos só sobre arquitetura contemporânea latino-americana, ou seja, foi uma longa estrada.


Longa porque lá atrás eu decidi criar um fundo de viagem para curadores e, todo ano, cada departamento podia mandar um membro para conhecer algum país da América do Sul e insisti, em contrato, que eles não eram obrigados a mostrar nada do que tinham visto, só tinham que conhecer. O que passou? A primeira a se beneficiar da bolsa foi Paola Antonelli e ela veio ao Brasil, onde conheceu dois rapazes que faziam móveis e se chamam Campanas. Na volta, em 1998, ela organizou uma pequena mostra deles, no Project Series, nós compramos uma peça e o resto é história. Isso me deixa muito feliz.

Outra coisa que acabamos de criar no MoMA é um bibliotecário especialista em América Latina.

E isso é pago pela Fundação Cisneros?
Sim, isso é uma doação para um fim específico. Mas eu também queria falar de um assunto que é pouco abordado que é o direito de autor. Quando fizemos nosso primeiro site, o que já faz muito tempo, acho que em 2000, não me lembro bem, mas lembro não tínhamos o presidente que temos [Chávez].

Enfim, contatamos os artistas para conseguir suas permissões e, mesmo aqui no Brasil, muitos não sabiam que havia algo chamado direito de autor e nós aconselhamos a muito, inclusive dando apoio legal, a saberem como fazer isso. E também fiquei muito feliz em poder dizer isso aos artistas.

E isso mostra que o fundamental é o respeito aos artistas. Ontem, eu comentava que tenho uma casa na Republica Dominicana, onde há furacões, sabe. Ela tem um belo jardim e muitas paredes e não existe nada nessas paredes. Alguns amigos aconselham colocar obras de artistas jovens, mas para mim não interessa se uma obra vale U$ 50 ou U$ 500 mil, é uma obra de um artista, saiu de sua alma. Por isso, sou brava com os colecionadores.

A Fundação é muito discreta em relação a quantas obras possui, tentei descobrir por vários meios e não consegui...

Temos 5.860.000 obras. Ai, está gravando. É brincadeira!! (risos).

A senhora gostaria de dizer mais alguma coisa?
(silêncio) Sim. Nós consideramos que estamos cuidando das obras, quase todas passaram pela nossa casa, mas o que digo é que estamos cuidando delas porque elas pertencem ao mundo.


A colecionadora venezuelana Patricia Phelps Cisneros, que mostra parte de seu acervo em exposição em SP
(Letícia Moreira/Folhapress )





quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Vem aí SP-Arte / Foto 2010

Abismo”, “O Bico” e “Dust Storm”

Maior feira de fotografia do país, a SP-Arte/Foto chega a sua quarta edição e reúne, de 9 a 12 de setembro, no Shopping Iguatemi, o melhor da fotografia moderna e contemporânea do Brasil e do mundo. Cerca de 170 artistas serão representados na feira somando mais de 500 obras. Entre eles, Miguel Rio Branco, Mario Cravo Neto, Caio Reisewitz, Rochelle Costi, Albano Afonso, Márcia Xavier, J.R.Duran, Claudia Jaguaribe, Thomas Farkas, Cristiano Mascaro, Neil Hammon, Daniel Senise, Brigida Baltar, Cao Guimaraes, Luiz Braga, Cássio Vasconcellos, entre outros.
“A SP-Arte/Foto reflete a importância da fotografia dentro do mercado de arte a partir dos anos 80. Este movimento é resultado não só do aumento pelo interesse na fotografia, mas também do esforço e trabalho que profissionais ligados ao meio estão empreendendo para promovê-la”, afirma Fernanda Feitosa, diretora da SP-Arte/Foto. O resultado pode ser sentido no numero de visitantes que estiveram no evento o ano passado: aproximadamente 7 mil, o dobro do número da primeira edição em 2007.

A feira inova este ano e promoverá, gratuitamente, um Ciclo de Palestras sob a coordenação da pesquisadora e fotógrafa, Denise Gadelha, com duração de 3 dias. Este curso traçará um panorama da fotografia contemporânea nacional e internacional, e da história da fotografia, suas vertentes e ícones. Haverá ainda, no stand da Cosac Naify, o lançamento dos livros Apreensões, de Bob Wolfenson, e As fotografias, de Boris Kossoy.

Veja a lista das galerias participantes:
Arte 57 (SP)
Baró Galeria (SP)
Casa Triângulo (SP)
FASS (SP)
Galeria de Babel (SP)
Galeria Oscar Cruz (SP)
Instituto Moreira Salles (SP)
Leme (SP)
Luciana Brito (SP)
Millan (SP)
Nara Roesler (SP)
Zipper (SP)
Galeria da Gávea (RJ)
H.A.P. Galeria (RJ)
Pequena Galeria 18 (RJ)
Bonni Benrubi (NY)
1500 Gallery (NY)
Motor (online)

SP-Arte/Foto 2010
Espaço Iguatemi
Av. Brig. Faria Lima, 2232 – 9º andar (acesso pelos elevadores do hall central)
Abertura: 08 de setembro, das 16h às 22h (preview para convidados)
Visitação do público: 09 e 10 de setembro, das 16h às 22h, 11 e 12 de setembro, das 14h às 22h
Lançamentos de livros:
- Sexta-feira, 10, às 19h: Apreensões, de Bob Wolfenson
- Sábado, 11, às 19h: As fotografias, de Boris Kossoy

Entrada Gratuita

A OBRA DE ARTE - o filme

A OBRA DE ARTE ‎"Dia 23 de setembro, em consonância com a realização da 29ª Bienal de São Paulo, a Cinemateca Brasileira, no projeto Primeira Exibição, exibe o documentário A Obra de Arte, de Marcos Ribeiro, que aborda o processo criativo de 7 dos principais artistas plásticos do país – Eduardo Sued, Carlos Vergara, Beatriz Milhazes,... Cildo Meireles, Waltércio Caldas, Tunga e Ernesto Neto.


Em visitas aos ateliês dos artistas, onde colheu depoimentos, imagens e perfomaces, o diretor revela sua descoberta do mundo das artes plásticas e como este mundo pode ser entendido e apreciado por todos. E os artistas, ao falarem de suas idéias, mostram os procedimentos e métodos envolvidos na produção de suas obras. O filme foi selecionado para competição na 33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em outubro de 2009"

http://www.cinemateca.com.br/
 

sábado, 28 de agosto de 2010

Artistas criam a “Intervenção Máxima” em fábrica abandonada


No próximo domingo (29) a cidade de Santo André, no ABCD paulista, vai ganhar um pouco mais de cor em uma das suas áreas mais degradadas. Aproximadamente 200 artistas irão realizar a já proclamada “Intervenção Máxima”, um evento que tem como propósito alertar a população para a questão do abandono da cidade. O lugar escolhido foi uma antiga fábrica, na Avenida Industrial (próximo a estação de trem Prefeito Saladino), entregue ao descaso e ao mau aproveitamento há mais de 20 anos.
O local foi “desbravado” inicialmente pelo artista plástico Moisés Patrício, que ja vinha utilizando o espaço como um lugar de estudo e desenvolvimento de seus trabalhos há cerca de um ano. Solitário, Moisés encontrou lá um palco para uma futura intervenção artística, algo que se consolidou pouco tempo depois com a ajuda de outros colaboradores. Eles chegaram ao consenso de que o espaço poderia ser muito mais que apenas mais um lugar para pintar, e sim um manifesto contra o esquecimento. Dentre eles estão nomes conhecidos das artes visuais como Ozi e Celso Githay.

A fábrica escolhida, mais conhecida visivelmente por suas peculiares torres, atraiu de imediato a atenção de outros simpatizantes a partir do primeiro registro divulgado na internet, esse, por sua vez, o principal meio de comunicação do grupo atualmente.

Algumas incursões no local já foram feitas e contabiliza-se hoje que cerca de 80 artistas já passaram pela fábrica, como graffiteiros, pintores, fotógrafos, escultores, cinegrafistas, simpatizantes etc.

“O mais legal é ver que esse lugar virou uma galeria para a população, um alerta sobre o melhor aproveitamento dos espaços públicos, todos criando e gerando arte, livres de qualquer preconceito ou barreiras artísticas. É um movimento a favor da criação, uma celebração da arte”, afirma o “embaixador” do movimento, Moisés.

Aliás, é esse o principal objetivo da intervenção, aproximar o artista da cidade e a cidade da arte. Em um momento onde o cinza está dando lugar à cor, mas não a cor da arte e sim às agressivas cores das campanhas eleitorais, uma reflexão sobre o momento que passamos é mais que necessária.

E a procura de outros lugares não para em Santo André...

Para informações
Moisés Patrício
Telefone: (11) 6971 3328
Vanessa Joda
Telefone: (13) 8145 8635
Luís Antonio Borges
Telefone: (11) 8354 3773
Local: Avenida Industrial S/Nº, ao lado da estação de trem Prefeito Saladino e Moinho São Jorge, Santo André, SP.
Dia: 29 de Agosto
Horário: 9h

domingo, 15 de agosto de 2010

Feira de Arte da Vila Madalena

Locais e horários

Rua Fradique Coutinho
Endereço: Rua Fradique Coutinho, s/n
(15/08) domingo, 09h às 18h. Grátis.
Rua Wisard
Endereço: Rua Wisard, s/n
(15/08) domingo, 09h às 18h. Grátis.
Cerca de 480 expositores colocam à venda objetos de decoração, roupas, artesanato e bijuterias na 33ª edição do evento. Há shows ao longo do dia, em quatro palcos, e um espaço no qual jovens estilistas podem mostrar seu trabalho, chamado de Rua da Moda, além de espaços para esportes e crianças. Barraquinhas de petiscos ocupam uma praça de alimentação. Acontece no dia 15/08/2010.
Informações: 3813-2954.

sábado, 14 de agosto de 2010

Curso online sobre a vida e obras de Picasso

O curso foi organizado por Eliana Angélica Peres D'Alessandro que é Mestre em Artes pela UNESP, curadora e artista plástica.


Basta clicar no link abaixo e ver o regulamento de como realizar o curso que é organizado pela Buzzero, com direito a um certificado.

https://www.buzzero.com/elianaangelica/curso-online-Picasso.html

A imagem abaixo é uma pintura realizaada por Pablo Picasso aos 5 anos de idade

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Obras precursoras do grafite na arte vêm à capital

Keith Haring em São Paulo


A partir deste sábado, 31, São Paulo recebe trabalhos inéditos de Keith Haring, o norte-americano pioneiro na combinação de arte moderna com graffiti durante a década de 80. Intitulada Selected Works, a mostra vem à capital para marcar o 20º aniversário de sua morte por complicações relacionadas à Aids. O artista possui relação especial com o país, já tendo participado da Bienal de São Paulo em 1983, pintado murais no Rio ainda passado alguns carnavais em Salvador. Haring se tornou um ícone por suas imagens minimalistas e de cores fortes do seu trabalho e também foi reconhecido pela preocupação em manter o preço de suas telas acessível para qualquer público.

Endereço: Caixa Cultural - Avenida Paulista, 2083.
Data: Até 5 de setembro.
Preço: Grátis.
Mais informações: (11) 3321-4400 begin_of_the_skype_highlighting (11) 3321-4400

Menino de 7 anos vende quadros por R$ 48 mil

Um menino de 7 anos está sendo chamado de "o jovem Picasso" na Grã-Bretanha depois que todos os seus quadros foram vendidos por 17 mil libras (cerca de R$ 48,8 mil), em apenas 14 minutos.

Kieron Williamson começou a pintar há apenas um ano. Em seus quadros, em aquarela, óleo ou pastel, ele retrata as paisagens da região de Norfolk, no leste do país, onde mora.

Seu talento chamou a atenção de uma artista amiga da família, que então passou a dar aulas de pintura ao menino.

"Ele tem uma mão muito madura e conseguiu dominar técnicas que alguns artistas levam anos para aperfeiçoar", disse Adrian Hill, dono da galeria Picturecraft, na cidade de Holt, onde ocorreu o leilão com as obras de Kieron.

"O ritmo como ele aprende é impressionante. Acredito que a última criança-artista deste naipe foi Picasso", afirmou o galerista.


'Bombando'

Segundo Hill, os quadros de Kieron foram vendidos a compradores de locais tão distantes como o Japão e o Canadá. "Ele é um dos artistas britânicos mais desejados do momento. Está bombando", disse.

Kieron, que é filho de um marchand e de uma nutricionista, afirmou ter sido "excelente" a sua venda. "Eu estava esperando vender um ou dois quadros", contou. Uma nova exposição de Kieron está marcada para agosto de 2010.

Fonte: BBC Brasil

domingo, 1 de agosto de 2010

Gonçalo Pavanello no Piola Jardins


Abertura dia 2 de agosto, segunda-feira - das 20h às 22h
Visitação até 29/8/2010

Alameda Lorena, 1765 - Jardins - SP

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Artistas usam iPad para produzirem suas obras


David Kassan produz seus retratos com a ajuda de um iPad (Reprodução)


David Kassan é um desenhista de 33 anos, que mora em Nova York, e tem inovado o meio artístico. Ao invés de usar telas e pincéis, ele aposta no iPad e adota o tablet da Apple como sua mais recente ferramenta de trabalho.

Para produzir seus retratos, Kassan utiliza um aplicativo chamado Brushes. O programa pode ser encontrado na Apple Store por, aproximadamente, 13 reais.

O trabalho de Kassan ganhou destaque na web depois que o comediante britânico Stephen Fry, um fã da Apple, publicou um vídeo em seu Twitter, onde o artista aparece trabalhando em um retrato.

 
Arte e tecnologia - Não é a primeira vez que um artista aposta em um dispositivo da Apple para produzir suas obras. David Hockney, um entusiasta da empresa de 73 anos, usa o iPhone para pintar desde o ano passado.


Seus trabalhos já foram exibidos na Tate Gallery e na Royal Academy, em Londres. Muitas galerias dos Estados Unidos e da Alemanha também já receberam as obras de Hockney.
 
Fonte: Veja

sexta-feira, 18 de junho de 2010

A arte de Gonçalo Pavanello em duas exposições no mês de julho


                   Bike Vento


Os amantes da arte têm mais duas oportunidades para conhecer as obras do designer gráfico e artista plástico Gonçalo Pavanello. A exposição “Meu Olhar no seu olhar” estará em cartaz a partir de 1º de julho, em Santo André, no ABC. Já a exposição “Fragmentos Imaginários” será exibida, no mês de julho, no Espaço Cultural do Metrô Santa Cecília, São Paulo. A entrada é franca.
São Seres - digigravura sobre papel matte fosco.


Desevolução, obra em exposição na Casa do Olhar

As exposições, juntas, apresentarão cerca de 60 digigravuras (técnica relativamente nova, usada para manipular imagens por meio de softwares gráficos e depois impressas em tela, papel de algodão e fotográfico. O trabalho é resultado de observações do cotidiano e resgates da infância.

Para Pavanello, as artes plásticas são prazerosas tanto para quem produz quanto para quem consome. “Permite no encontro do produtor com o consumidor a ampliação da capacidade de observar, sentir, analisar, selecionar, associar, criar e recriar. Estimulam a auto-expressão e a consciência crítica em relação a arte na sua produção contemporânea."

Seus quadros são marcados por cores vibrantes, repetição e expressam os tempos pós-modernos, dando-nos uma perspectiva de tempo, arte e cultura nacional. “A cultura brasileira é formada pela fusão de diversas culturas, complexas e distintas, num mosaico de cores representativas que fortalece as identidades pela capacidade de criar imagens e reinventar novas linguagens, ampliando a nossa maneira de ler e ver o mundo na pós-modernidade”, explica Pavanello.
Gonçalo Pavanello é publicitário, designer gráfico e artista plástico. Nasceu em São Joaquim da Barra, São Paulo. Formado em Comunicação Social e Publicidade e Propaganda pela Universidade Metodista de São Paulo.

Sua trajetória começa na infância, destacando-se nos trabalhos de escola, principalmente nos que exigiam habilidades artísticas. Em seguida, começa o trabalho em gráficas, desenhando para clichês, criando logotipos e fazendo projetos gráficos para jornais e revistas. O site www.goncalopavanello.com.br traz mais informações sobre a vida, a carreira profissional e as obras do artista plástico.


"MEU OLHAR NO SEU OLHAR"
Abertura - 1º de julho, das 19h às 22h
Visitação – até 24 de julho, de terça a sábado, das 10h às 17h
Local: Casa do Olhar Luiz Sacilotto
Rua Campos Salles, 414, Centro, Santo André. Tel: 4992-7730

“FRAGMENTOS IMAGINÁRIOS"
Durante o mês de julho
Local: Espaço Cultural do Metrô Santa Cecília – São Paulo

Informações:
11 - 9966-8683 | 4368-4722
gpavanello@uol.com.br
http://www.goncalopavanello.blogspot.com/


                              Guardando Mondrian, obra que pode ser vista no Metrô Santa Cecília - SP

Arte fantástica de Roberto Magalhães em São Paulo

A partir do dia 21, será realizada a abertura da exposição Roberto Magalhães, que reúne cerca de 40 obras do artista brasileiro. Um dos nomes mais importantes da arte contemporânea, as tinturas a óleo, aquarelas inéditas e gravuras selecionadas de Magalhães demonstram a propensão natural de sua arte para o fantástico. A abertura da mostra contará com a presença do artista.


Endereço: Rua Melo Alves, 397.
Data: 21 de junho a 21 de julho.
Horários: De segunda a sexta, das 10h às 19h; Sábado, das 10h às 14h.
Mais informações: (11) 3061-3155 / 3081-6581.

Projeto Guaraná

quarta-feira, 19 de maio de 2010

2º Prêmio Objeto Brasileiro


A Casa museu do objeto brasileiro (http://www.acasa.org.br/) lançou o 2º Prêmio Objeto Brasileiro (http://www.acasa.org.br/newsletter.php?id=194), que tem inscrições abertas até 12 de julho. O Prêmio destacará os melhores produtos vindos da união entre produção artesanal e design contemporâneo nas seguintes categorias: Objeto de Produção Autoral, Objeto de Produção Coletiva, Ação Sócio-Ambiental e Novos Projetos.
Mais do que um abrangente concurso organizado por uma instituição pioneira e atuante na promoção do design e da produção artesanal contemporânea, o Prêmio é um acontecimento bienal e permanente, mobilizando e estimulando recursos criativos, troca de idéias e novos contatos.
A cultura de um povo se expressa de diversas formas e o objeto brasileiro é um exemplo fundamental da expressão de nossa cultura.
Carregado de identidade, símbolos e significados, o objeto artesanal representa a riqueza cultural principalmente no que se refere à sua dimensão imaterial, constituída pela escolha e coleta de materiais, técnicas e modos de produção, transmissão e perpetuação de saberes.
O design, por sua vez, contribui com a novidade e propõe soluções técnicas, funcionais, estéticas e ergonômicas aos objetos.
O júri será composto por cinco reconhecidos profissionais das áreas de design e artesanato. Serão concedidos os seguintes prêmios:

Objeto de Produção Autoral
1º lugar: R$ 5.000,00 e 2º lugar: R$ 2.500,00

Objeto de Produção Coletiva
1º lugar: R$ 5.000,00 e 2º lugar: R$ 2.500,00

Ação Socioambiental
1º lugar: R$ 10.000,00 e 2º lugar: R$ 5.000,00

Novos Projetos
Nesta categoria, serão selecionados três projetos que receberão o prêmio de R$ 1.500,00 (cada) para a execução do protótipo
O regulamento e a ficha de inscrição (http://premio.acasa.org.br/) já estão disponíveis;  resultado da primeira edição do Prêmio (http://www.acasa.org.br/evento.php?modo=acaocultural&id=76)
pode ser conferido no site; mais informações no e-mail: premio@acasa.org.br

Diseño contra la pobreza - Bienal Iberoamericana de Diseño 2010

Até 10 de julho (sábado) a Bienal Iberoamericana de Diseño 2010 recebe projetos que combatam a pobreza e a exclusão social,  elaborados por designers de interiores, industriais e de produto, da América Latina, Espanha e Portugal. As inscrições são gratuitas. Os trabalhos selecionados serão expostos no Museo de Artes Decorativas de Madrid e os melhores dentre estes poderão ser destinados à implementação por ONGs, com retribuição financeira prevista aos direitos do autor.
Para obter mais informações e acessar o formulário de participação visite http://ideascontralaexclusionsocial.com.

35° SARP - Salão de Arte de Ribeirão Preto (SP) Nacional – Contemporâneo - 2010

Estão abertas até 15/06/10 as inscrições para o 35° SARP - Salão de Arte de Ribeirão Preto Nacional-Contemporâneo. As inscrições podem ser feitas na sede do MARP ou enviadas para:
Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi
Rua Barão do Amazonas, 323, Ribeirão Preto-SP, Cep 14010-120

A mostra dos artistas selecionados ocorre entre 06/08 e 26/09/10.
Mais informações:
MARP – Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi
Rua Barão do Amazonas, 323, Ribeirão Preto-SP, Cep 14010-120
Ter. a sex., 9h/18h; sáb., dom. e fer., 12h/18h.
Tel. (16) 3635-2421.
marp@cultura.pmrp.com.br
http://www.marp.ribeiraopreto.sp.gov.br/

CRONOGRAMA
Término das inscrições
15 de Junho de 2010

Festival “Conexões Tecnológicas” recebe inscrições


O festival “Conexões Tecnológicas”, promovido pelo Instituto Sergio Motta, recebe inscrições de universitários de todo o país até 18/06/10. O evento promove a discussão e a divulgação de trabalhos em Artes e Design em mídias digitais. Os trabalhos selecionados serão publicados no site “Conexões Tecnológicas”.
Mais informações e inscrições: http://conexoestecnologicas.org.br/

quarta-feira, 12 de maio de 2010

ROMERO BRITO - O SENHOR DAS CORES

Abertura da Exposição de Romero Britto, em São Paulo na Galeria Espaço Arte MM no Shopping Pátio Higienópolis com visitação até Maio. Av. Higienópolis, 618 - Piso Higienópolis - São Paulo / SP
Contato: galeria@espacoarte.com.br | 3826-3957 | 3823-2828


Foto: Marcel Takeshita

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Quadro de Picasso é vendido por US$ 106 milhões

EUA, Nova York - Um quadro de Pablo Picasso, Desnudo, Hojas Verdes y Busto (Nu, folhas verdes e busto), de 1932, foi arrematado nesta terça-feira (4) por US$ 106,4 milhões, um recorde para obra de arte, informou a casa de leilões Christie`s de Nova York.
O valor supera os 104,1 milhões de dólares pagos em 2004 por outro quadro de Picasso, Joven con Pipa, e bate os US$ 104,3 milhões obtidos em fevereiro passado pela escultura O Homem Caminhando (L``homme qui marche), do italiano Alberto Giacometti, que detinha o recorde de preço para obra de arte.
Fonte: Agência AFP
Desnudo, Hojas Verdes y Busto

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Preto no Branco - do Concreto ao Contemporâneo

Guache de Luiz Sacilotto
Organizada pelo jornalista Celso Fioravante, a coletiva reúne 43 obras de 35 artistas, como Amilcar de Castro, Frans Weissmann, Lenora de Barros e Sérgio Camargo, entre outros, que percorrem seis décadas de produção em variados suportes como pintura, escultura, desenho, gravura, colagem e fotografia.

Visitação até 23 de maio.
Galeria Berenice Arvani
R. Oscar Freire, 540 - Jardim Paulista - Oeste. Telefone: 3082-1927.
segunda a sexta: 10h às 19h30.

Fotografia de Claudia Andujar

Banco do Brasil recebe inscrições de projetos culturais para programação de 2011

O Banco do Brasil recebe inscrições de 01/05/10 a 01/06/10 de projetos para compor a grade de programação de 2011 dos centros culturais do banco em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF). As inscrições são abertas a pessoas físicas e jurídicas de qualquer nacionalidade e região do país e devem ser feitas exclusivamente pelo site www.bb.com.br/cultura. As áreas são: exposições (pintura, escultura, fotografia, gravura, instalação, multimídia e outros), música (popular, erudita e instrumental), artes cênicas (teatro, dança, performance, circo, ópera), cinema e vídeo (mostras e festivais), programa educativo (oficinas, cursos e visitas orientadas) e ideias (palestras, seminários e conferências). A seleção será realizada pela comissão técnica dos Centros Culturais Banco do Brasil e com avaliação de especialistas do mercado cultural. A divulgação dos projetos selecionados está prevista para o último trimestre de 2010.

Fonte: Mapa das Artes

Loteria Federal tem concurso em homenagem ao Dia do Artista Plástico

A extração número 4.449-0 da Loteria Federal, marcada para 15/05/10 e com premiação de R$ 200 mil, homenageia o Dia do Artista Plástico (comemorado em 8 de maio). O bilhete da loteria traz uma imagem do artista Alex Flemming (paulistano radicado em Berlim / Alemanha) na instalação dele intitulada "Galileu Galilei”, na qual globos terrestres giram sobre toca-discos. O bilhete inteiro custa R$ 15 (décimo a R$ 1,50). Devido ao concurso lotérico, Flemming estará no Brasil para três ações “político-performática-conceitual”: ele realizará tardes de autógrafos em que assinará os bilhetes da loteria das pessoas, transformando assim um objeto produzido e impresso industrialmente em uma “obra-de-arte-instantânea”. As sessões de autógrafos ocorrem nas seguintes datas e locais:

- 11/05/10, das 12h às 14h, no MAMAM - Museu de Arte Moderna de Recife / PE (R. da Aurora, 265, Boa Vista, tels. 81 3232-2188 / 1694 / 5399. www.mamam.art.br).

- 13/05/10, das 12h às 14h, no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro / RJ (Av. Rio Branco, 199, Cinelândia, tels. 21 2240-0068 / 0160. www.mnba.gov.br).

- 16/05/10, das 12h às 14h, MASP / São Paulo / SP (Av. Paulista, 1.578, Cerqueira César, tel. 11 3251-5644. www.masp.art.br).

domingo, 25 de abril de 2010

A maior pintura digital do mundo


WebCanvas é uma inciativa de arte colaborativa on-line para criar a maior pintura digital e coletiva do mundo. Unindo artistas de diferentes países em uma ação conjunta, o projeto pretende criar uma imagem digital contínua e infinitamente inacabada. O site funciona como uma rede social onde cada um pode usar diferentes ferramentas para criar e também postar imagens. Além, disso o interator pode apreciar a imagem sendo feita em tempo real, sendo que os únicos requisitos para participar do projeto é ter um navegador atualizado. WebCanvas é diferente de outros projetos de pintura on-line, ao introduzir o conceito de WebCanvas, ou seja, telas da web, onde a pintura não é limitada pela moldura ou tamanho do quadro. A iniciativa foi desenvolvida por Antônio Roldão Lopes, artista português

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Banksy, o artista anônimo mais conhecido do mundo

No Reino Unido, todo mundo o conhece, mas ninguém sabe quem ele é. Seu nome de guerra é Banksy. Ele é hoje o grafiteiro mais famoso da Europa e talvez do mundo. Suas obras são marcadas pela ironia, a crítica e a tiração de sarro mais descarada. Provocador, fenômeno pop e criminoso, agora, esse incrível artista também vai se tornar conhecido do público do resto da Europa e dos Estados Unidos com o documentário Exit Through The Gift Shop, o qual, segundo disse o próprio Banksy é “o primeiro filme-catástrofe de arte de rua”.

No filme, a rotina de Banksy é acompanhada pelo documentarista francês Thierry Guetta, o qual o seguiu em seu noturno e ilegal trabalho artístico. O longa segue uma linha à Sacha Baron Cohen. É uma espécie de tiração de sarro em forma de documentário. Como os melhores anarquistas, Banksy conseguiu brincar com o mundo idiota e sem sentido das celebridades. Hoje, ele é uma delas. Só que ao contrário desse pessoal que faz qualquer negócio para mostrar a cara, Banksy não aparece nunca. No filme, seu rosto está sempre desfocado e o som de sua voz parece uma mistura de Darth Vader com Tetê Spínola.
De certa forma, Exit Through The Gift Shop conta um pedaço da história da arte de rua nos anos 1990 no Reino Unido, parte da carreira do artista e sua maneira de trabalhar. Também fala a respeito de um novo e forte movimento de arte de rua em Los Angeles, nos EUA. Em sua estréia no Festival de Berlim, em fevereiro deste ano, Bansky disse que gostaria que o filme representasse para a arte de rua o que Karatê Kid representou para as artes marciais. Portanto, a idéia do grafiteiro é popularizar ainda mais sua arte.

Quem assiste o filme, sai do cinema sem saber exatamente o que pensar. Como o diretor Thierry Guetta é meio maluco e um tanto quanto picareta, não sabemos se o filme foi realmente uma idéia dele ou se ele foi utilizado pelo grafiteiro como uma espécie de “diretor de fachada”. Também não dá para saber o que é verdade e o que não é. Se Banksy é o artista que aparece sempre com o rosto coberto na tela ou se é tudo uma grande piada. O “diretor” francês jura de pé junto que foi ele quem conduziu as filmagens. No fundo, sentimos que o espírito de Banksy pode realmente estar por trás de tudo. Depois de pensar um pouco, percebemos que o filme pode ser entendido como primeiro grafite na tela branca do cinema. Tão fugaz e ao mesmo tempo eterno quanto as brilhantes obras de Banksy.
Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2010/03/banksy_o_artista_anonimo_mais_conhecido_do_mundo.html#ixzz0lxiY8AfX

A ARTE NA MODA

Com inspiração nas galerias de arte do Soho, a galerista Malli Villas-Bôas inova o conceito de arte no Brasil. A especialista que também é historiadora e crítica de arte, que atua nesse segmento há 25 anos, apresenta uma exposição inédita com três artistas simultaneamente. O Soho é um dos bairros mais conhecidos de New York city por possuir ampla variedade de produtos de arte e moda, ou seja, inúmeras opções dentro do universo artístico, seja para estilistas que buscam inspirações e tendências, artistas plásticos ou consumidores abonados e celebridades que fazem questão de se vestir com roupas, sapatos e acessórios que ainda são tendências e serão adotadas por todo o planeta, pois esse bairro possui também as melhores, as mais cobiçadas e as mais caras lojas de grife de todo o mundo. As galerias de arte do bairro também já se tornaram uma referência na arte contemporânea. No Soho, as exposições são realizadas dessa mesma forma e reúnem o trabalho de novos artistas plásticos, com estilistas e escultores. O resultado dessa “fusão” tem sido muito elogiado e incentivado pela crítica americana, que aprecia a criatividade e originalidade dos expositores.

A Exposição: “A Arte na Moda” apresenta roupas exclusivas que foram criadas pela designer e estilista Tânia Barros e telas elaboradas pela artista plástica Maria Antônia, que utiliza em suas telas “pinceladas” com o mesmo tecido das peças da designer que trabalha com a confecção das roupas. Já o artista plástico especializado em forjaria, J.A, conhecido pela irreverência e liberdade de expressão em suas peças, também vai apresentar peças elaboradas em ferro que fazem parte da tendência na decoração de interiores em estilo bem contemporâneo, focado no tema da mostra. Portanto, a exposição apresenta um misto de peças e acessórios exclusivos, de bom gosto e qualidade; elaborados por talentosos artistas, que inclusive aceitaram o desafio da inovação no conceito da arte no Brasil e decidiram expor seus trabalhos em conjunto voltados ao tema sobre: A Arte na Moda.

O coquetel de inauguração será no dia 23 de Abril, das 20h30 às 23h.

Galeria Mali Villas-Bôas
Visitação até o dia 27 de abril.
De segunda a sexta, das 12hs até às 22hs.
Artistas Convidados: J.A, Tânia Barros e Maria Antônia.

Rua Tabapuã, 838/5 - Travessa Alex Vallauri - no Itaim Bibi, em São Paulo
Fones:(55)11-3078-4586/3078-0541

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Escultor usa imagem de George W. Bush como mictório

O escultor americano Clark Sorensen abandonou as criações tradicionais em porcelana para se dedicar a uma arte inusitada: a criação de mictórios. De flores e conchas a uma imagem bem-humorada do ex-presidente americano George W. Bush, Sorensen diz que tudo começou com uma brincadeira.
Agora, no entanto, ele chega a faturar até US$ 8 mil por peça.
Segundo o escultor, a maioria de seus clientes são bares e restaurantes.



quinta-feira, 18 de março de 2010

Ciência e engenharia viram Arte Cinética

Andy Warhol - Mr. America


Andy Warhol - na Estação Pinacoteca de São Paulo

Curadoria de Philip Larratt-Smith

lançamento: 20/03/2010, sábado, 12h
exposição: 21/03/2010 a 23/05/2010

A mostra apresenta cerca de 170 obras, entre 26 pinturas, 58 gravuras, 39 trabalhos fotográficos, duas instalações e 44 filmes, que exploram temas da política e da cultura popular norte-americana, com ênfase para os trabalhos realizados entre os anos 1961 e 1968. Segundo Philip Larratt-Smith, curador da mostra, na trajetória de Warhol há uma explosão de criatividade sem precedentes. Ele passou da pintura para a serigrafia, depois para a fotografia, instalação, produção cinematográfica, gerenciamento de uma banda de rock até a publicação de uma revista.

segmento: vídeo, pintura, instalação, gravura, fotografia

local: Estação Pinacoteca
Largo General Osório 66 - Luz
São Paulo / São Paulo / Brasil
55-11-3337-0185
horários: Terça a domingo, 10 às 18h

http://www.pinacoteca.org.br/


matéria enviada por: Carla Regina

domingo, 7 de março de 2010

Artistas arrecadam R$ 84 milhões para vítimas de terremoto no Chile

Chile tenta superar episódio mais amargo de sua história recente

Até o acanhado secretário-geral da ONU, o coreano Ban Ki-moon, participou do evento, que arrecadou fundos às vítimas do terremoto

Artistas e autoridades participaram de um programa de 27 horas na televisão chilena para arrecadar dinheiro para as vítimas do terremoto que devastou o país há uma semana. Ao fim do programa, às 22h deste sábado (6), com a ajuda de artistas como Shakira e Juanes, o "Chile ajuda o Chile" arrecadou 24 bilhões de pesos (R$ 84 milhões). A presidente Michelle Bachelet, o presidente-eleito Sebastián Piñera e até o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon subiram ao palco para pedir a solidariedade dos chilenos.

O último participante foi Piñera, que tentou dar um tom otimista ao seu discurso:

- Nosso governo será de unidade e vai dar o melhor de si.
Bachelet e Moon também estiveram no programa de auditório, conduzido pelo popular apresentador chileno Don Francisco. Shakira e o cantor Juanes, os dois muito populares na América hispânica, fizeram participações por meio do telefone.
O dinheiro vai às vítimas do terremo de 8,8 graus, que matou mais de 800 pessoas. Até agora, 452 corpos foram identificados. Cerca de dois milhões estão desabrigados e 500 mil imóveis foram destruídos.

Agência Efe

Paraty...um paraíso das artes!

Paraty, há muito tempo, vem demonstrando uma vocação artística que tem atraído a atenção dos aficionados das artes plásticas, tanto artistas como apreciadores.

No passeio que fiz na cidade fiz questão de visitar alguns artistas e galerias


Patricia Sada, nasceu em Monterrey, México. Estudou arquitetura e artes plástica. Vive em Paraty desde 1981.
Técnica: Colagem e tons pasteis sobre tela e utiliza troncos, galhos, folhas guapuruvu, embauba, bambus, palmeiras, todas tratadas e pintadas com tinta acrílica
Atelier: Rua da Praia, 70, telefone: (24) 3371-2528



Aecio Sarti, nasceu em Aracaju e vive em Paraty desde 2004. Seu ateliê fica à beira do cais, onde aportam todos os dias vários barcos coloridos de pesca e de passeio.
Turistas do mundo inteiro circulam nesse cenário rico em beleza natural, se misturando aos nativos. Aecio pinta com as portas abertas. As pessoas entram e saem criando um movimento inspirador.
Autodidata, pintava sobre madeira e vendia seus trabalhos em feiras de arte. Aos dezesseis anos passou a estudar pintura na cidade de São José dos Campos com o Mestre Fabiano.As dezoito anos em sua primeira exposição, foi considerado pintor revelação da região. Partiu para os Estados Unidos, onde estudou artes no Colorado Institute of Art, em Denver.
Se for a Paraty vale a pena conhecer Aécio Sarti e sua arte.
Galeria: Rua Santa Rita, 9A - Centro Histórico -
Tel.: (24) 3371 4157
Atelier: Praça da Bandeira, 01 -Centro Histórico - (24) 3371 8722


Dalcir Ramiro nativo de Paraty. Ele vem criando suas esculturas em cerâmica há mais de 32 anos. A única característica de sua cerâmica é que ele usa as técnicas tradicionais locais de técnicas indianas. Todas as suas esculturas são cozidos em forno a gás, em temperaturas altas e baixas, e ele não usa uma roda. Seu trabalho é considerado arte contemporânea. Ele teve shows no Brasil e na Itália, bem como na Casa local do Cultura. Ele recebe estudantes de Itália e de outros países e oferece aulas para grupos e indivíduos que gostariam de aprender a sua técnica.
Trabalho Dalcir incorporam processos tradicionais de fabricação de cerâmica dos índios locais, assim, ajudando a preservar, estimar, e sustentar a cultura local de Paraty e da região. Ele apóia incentivos comunidade local e eventos de arte. Ele lançou dois livros sobre a sua arte um na Itália e um no Brasil.
Visite o website: http://paratygreenmap.com/en/?p=368
Atelier: Rua da Santa Rita, 65 - Centro Historico
Telefone: (24) 3371 6035


Eduardo Amarante nasceu em Barra Mansa R.J., estudou arquitetura e foi para Paris em 1972 com a intenção de continuar os estudos, mas os abandona rapidamente para se dedicar inteiramente à pintura. Em 1983 faz sua primeira exposição individual em uma galeria parisiense (recebe o prêmio “Aide à la première exposition” atribuído pelo Ministério da Cultura). Em 1998 volta ao Brasil e fixa residência em Paraty onde vive e trabalha atualmente.
Acrílico sobre tela
Atelier: Rua Comendador José Luiz - Centro Histórico,  16
Tel: (24) 99048422. E-mail: amarante-eduardo@gmail.com

Veja mais artistas visitando o site abaixo:
www.paraty.com.br/arte.asp

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Em Paris, um Louvre no lobby do hotel

SETH SHERWOOD
New York Times Syndicate

Enquanto o entardecer de outono caía sobre o distrito de Montmartre, grupos elegantes subiam a Avenue Junot para a abertura de uma exposição de fotografia chamada "Estrada Perdida".

O hall de entrada do Hotel Le Six tem exposições temporárias


•VEJA FOTOS DOS HOTÉIS


Antonella Di Pietro, uma alta executiva da grife Kenzo, entrou com um séquito vestido de preto e foi recebida pela organizadora da exposição, a famosa designer de interiores e patrona das artes, Morgane Rousseau. Bebendo vinho no bar livre, o romancista Basile Panurgias e uma amiga refletiam sobre as fotos granuladas em preto-e-branco de uma Tóquio noturna, de autoria da fotógrafa Chantal Stoman.

No andar de cima, outros visitantes assistiam vídeos experimentais de mãos desprendidas do corpo passando objetos do lar, criados pelo artista Jean-Claude Ruggirello.

A cena lembrava as muitas inaugurações que acontecem nas galerias de Paris a cada semana. Mas esta não era uma galeria. Era o Hôtel Particulier Montmartre, um hotel butique com dois anos, situado em uma casa do século 19. Em algum lugar nas cinco suítes, os hóspedes supostamente realizavam atividades não relacionadas com as artes - deitavam nas camas, tomavam banho e assistiam televisão.

Apesar de Paris há muito ser celebrada tanto pela sua cena de artes quanto pelos lugares elegantes onde se hospedar, os dois mundos apenas ocasionalmente se encontram. Mas os últimos dois anos viram um notável cruzamento de criatividade e hospitalidade, levando a uma série de novos hotéis que tornam indistinta a divisão entre espaço de exposição e local onde dormir.

Alguns, como o de alto design Le Six, estão usando seus lobbies para receber exposições rotativas. Outros, como o majestoso Beaux-Arts Hôtel Banke, estão decorando suas áreas comuns com exposições permanentes. (A partir de 2010, o hotel planeja abrigar uma coleção digna de Indiana Jones de arte antiga e antiguidades do Egito, da América Latina pré-colombiana e outras civilizações.) Outros têm contratado artistas de renome para criar a decoração de seus quartos.

No Hôtel Particulier Montmartre, de propriedade de Rousseau, você mal consegue abrir sua mala sem dar de cara com um artista contemporâneo de ponta. Chame o elevador no lobby e você se verá ao lado de uma pintura altamente fragmentada, cheia de cores, de uma mulher tipo Medusa, de autoria de Robert Combas.

Entre em uma suíte chamada "Vitrine" e você encontrará um conceito interativo -um mostruário onde os hóspedes deixam objetos pessoais em exibição- imaginado por Philippe Mayaux, um vencedor do prestigioso prêmio Marcel Duchamp.

Até mesmo os jardins magistralmente cuidados são obras de um mestre: Louis Benech, que reformou o Jardin des Tuileries.

Muitos dos novos hotéis de arte estão surgindo na área do Boulevard Montparnasse, na Margem Esquerda. Durante os anos 20, era possível encontrar Picasso bebendo no Café Select, Ferdinand Leger pintando no complexo de estúdios La Ruche ou Man Ray escondido no Hôtel Istria. Hoje, as pequenas ruas ao redor da Place Pablo Picasso, famosa pela estátua de Balzac de Rodin, escondem novos santuários da arte como o Hôtel des Académies et des Arts.

Seu pedigree é impressionante. Segundo Henry Mona, o diretor do hotel, o prédio já abrigou o estúdio do célebre pintor japonês Tsuguharu Foujita, um amigo e colega de Picasso e Man Ray, e a rua também já foi lar de Modigliani.

Prestando tributo ao espírito da vanguarda, o hotel contratou o artista urbano francês Jerome Mesnager, que ganhou fama pintando seus característicos "corpos brancos" -formas humanóides musculosas- nas paredes de cidades de Togo a Tóquio, inclusive na Grande Muralha da China e na Praça Vermelha, em Moscou.

Mesnager instalou as criaturas espectrais em cada um dos 20 quartos do hotel butique, na fachada do prédio, no pátio, na parede do lobby (repleto de livros sobre o auge artístico de Montparnasse) e até mesmo no poço do elevador (visível pela parede de vidro do elevador).

"Eles são os hóspedes permanentes do hotel", brincou Mona.

Bibliófilos, por sua vez, tendem a dobrar a esquina até o Apostrophe Hôtel de tema literário, que convocou artistas para ajudá-lo a prestar homenagem ao rico passado de Montparnasse como paraíso de escritores como Ernest Hemingway e Henry Miller, como explicou a proprietária, Isabelle Lozano.

Para encontrá-lo, procure pela fachada pintada com galhos pretos sombrios e folhas escuras. Eles são obra de Catherine Feff, uma artista francesa famosa por cobrir monumentos parisienses, como a Igreja de Madalena e o Arco do Triunfo, com enormes telas exibindo excelentes cenas trompe l'oeil.

No interior, a artista e fotógrafa Sandrine Alouf (ela prefere o termo "atmosferista") deu um toque divertido e kitsch aos 16 quartos do hotel, cada um com uma decoração exclusiva que corresponde ao seu tema.

No Hôtel Particulier Montmartre, de propriedade de Rousseau, você mal consegue abrir sua mala sem dar de cara com um artista contemporâneo de ponta


O quarto "Escrita Urbana", por exemplo, é um tributo ao grafite e contém um vasto painel retratando personagens pintados com spray e tags estilo metrô -uma transposição de uma foto de Alouf tirada em Nova York. Em um quarto chamado "Leitura", uma foto das páginas de um livro dobrado foi ampliada na decoração abstrata do tamanho da parede, sugerindo as espiras de uma concha do mar.

"Nós queríamos criar algo literário, mas não intelectual demais", disse Lozano. "Não é preciso Ph.D. para dormir aqui." Mas em breve poderá ser preciso um best seller para poder se enquadrar. Autores como Gayle Forman e Erri de Luca já se hospedaram aqui.

Uma encomenda ainda mais extravagante para Alouf veio do Five Hôtel, que no ano passado decidiu construir uma suíte de luxo dedicada a uma forma particularmente íntima de arte - a arte do amor.

"Nós pedimos a ela: 'Crie o Sétimo Céu'", disse Karine Tournois, a diretora do hotel. "Um quarto sobre sensações, escapadas, aventuras, que seja um pouco erótico."

O resultado foi o "One by the Five", um apartamento de aproximadamente 45 metros quadrados em um prédio do outro lado da rua tranquila, em frente ao prédio principal do hotel, no 5º Arrondissement. Sua principal atração é o quarto, naturalmente. Em algum ponto entre impressionante e kitsch, todo o teto e carpete do grande quarto possuem imagens de céu azul e pequenas nuvens. Entre eles, a enorme cama branca parece flutuar.

O ambiente romântico pode ser acentuado usado o iPod pré-programado do quarto, que vem repleto de canções de Edith Piaf, entre outros, e controles para as cores e intensidade das minúsculas luzes, como estrelas, implantadas no teto e no piso. O quarto também conta com uma TV de tela plana. O entretenimento é por cortesia de uma pequena Webcam instalada bem acima dela.

"Em outros hotéis, você pode se admirar em espelhos enquanto faz amor", explicou Tournois. "Aqui você pode se assistir em uma tela grande."

Para colocar você no clima, o apartamento contém um toucador revestido de veludo preto, repleto de perfumes caros (Chanel, Lancôme, Givenchy), uma pequena sala de veludo vermelho contendo pista de dança, uma sala contendo fotos imensas de partes do corpo envoltas em lençóis e um bar livre com receita para um coquetel exclusivo, escrita no espelho: "Elixir d'Amour".

A julgar pelos comentários efusivos no livro de visitas, Alouf foi bem-sucedida em seu tributo criativo ao eros.

"Uau! O quarto perfeito para lua-de-mel!" escreveu um casal identificado como Michael e Mikaela. "Nós dormimos no Céu e festejamos no Inferno!"

Se você for

Hôtel Particulier Montmartre, 23, avenue Junot, 75018; (33-1)5341-8140; hotel-particulier-montmartre.com; quartos duplos custavam em dezembro a partir de 390 euros, ou cerca de US$ 565, com o euro cotado a US$ 1,45.

Le Six, 14, rue Stanislas, 75006; (33-1)4222-0075; hotel-le-six.com; quartos duplos a partir de 225 euros.

Hôtel Banke, 20, rue La Fayette, 75009; (33-1)5533-2222; derbyhotels.com; quartos duplos a partir de 225 euros.

Hôtel des Académies et des Arts, 15, rue de la Grande Chaumiere, 75006; (33-1)4326-6644; hotel-des-academies.com; quartos duplos a partir de 189 euros.

Apostrophe Hôtel, 3, rue de Chevreuse, 75006; (33-1)5654-3131; apostrophe-hotel.com; quartos duplos a partir de 162 euros.

Five Hôtel, 3, Rue Flatters, 75005; (33-1)4331-7421; thefivehotel.com; quartos duplos a partir de 129 euros. A suíte "One by the Five" (onebythefive.com) custa 960 euros.

Tradução: George El Khouri Andolfato

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Escultura de Giacometti é a obra mais cara do mundo

The New York Times

por Clara Silva, Publicado em 04 de Fevereiro de 2010

A escultura de bronze "L´Homme Qui Marche", do artista suíço Alberto Giacometti, tornou-se a peça de arte mais cara do mundo. A peça foi arrematada ontem à noite por 74 milhões de euros na Sotheby's, em Londres, por um comprador anônimo

O quadro de Picasso "Rapaz com Cachimbo", leiloado em 2004 pela Sotheby's de Nova Iorque, deixou de ser a obra de arte mais cara do mundo. Na noite passada, um anónimo comprou a obra-prima do suíço Alberto Giacometti, "L'Homme Qui Marche", por um preço recorde de 74 milhões de euros.
A escultura de bronze de 1961 foi uma encomenda para a Chase Manhattan Plaza de Nova Iorque. Giacometti criou várias peças para este projecto de arte pública, mas acabaria por abandoná-lo por ser demasiado demorado.
Há mais de 20 anos que não aparecia no mercado uma peça do escultor de tão grandes dimensões. A obra "L'Homme Qui Marche" tem 1,83 metros e pertencia ao Commerzbank alemão.
No mesmo leilão, um quadro de Gustav Klimt também atingiu um preço recorde para uma paisagem deste artista.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Artistas da próxima Bienal de São Paulo também destacam violência por Silas Martí, Folha de São Paulo

janeiro 27, 2010

Matéria de Silas Martí originalmente publicada na Ilustrada da Folha de São Paulo em 27 de janeiro de 2010.

Não é a primeira vez que Steve McQueen usa a violência como ponto de partida para uma obra. Em seu filme "Hunger", premiado há dois anos em Cannes, dramatizou a greve de fome de Bobby Sands, ativista do IRA, o Exército Republicano Irlandês, que morreu em protesto contra o governo de Margaret Thatcher nos anos 80.

Sem muitas palavras e com cenas que evocam o expressionismo agudo de um Francis Bacon, causa desconforto. Põe a miséria humana, o corpo que definha, no centro da ação.

Ainda inédito no Brasil, o longa pode ser exibido na próxima Bienal de São Paulo, junto de uma obra que McQueen ainda está produzindo para esta edição da mostra paulistana, que começa em setembro.
Violência e guerra também aparecem na obra de outros artistas já confirmados na Bienal de 2010. Harum Farocki, videoartista alemão, está de olho nos traumas de guerra dos soldados norte-americanos em combate no Oriente Médio.

José Antonio Vega Macotela expõe o sofrimento atrás das grades de um presídio na Cidade do México, trocando favores do lado de fora da prisão por obras feitas pelos detentos trancados em suas celas.
Na dimensão econômica do conflito, a cineasta belga Chantal Akerman vai explorar as origens da crise imobiliária que descambou para o colapso financeiro a partir do retrato de uma comunidade norte-americana, a parte pelo todo, que tenta entender como um lado desperta a ira do outro.